Agenda
• A Vida das Corporações na Nova Economia
• Arquitetura Organizacional
• Cultura
• A Era do Conhecimento
• O Trabalho e as Pessoas
• Ética
• O Papel do Líder
• A Empresa e a Sociedade
• A Sociedade do Futuro 20 - 25 anos
A Vida das Corporações na Nova Economia
• Ambiente instável;
• Mudanças constantes: Avanço tecnológico e Globalização;
• Ênfase no relacionamento com os stakeholders - busca do equilíbrio;
• Ter visão de toda a sua cadeia de valor - produção até relacionamentos internos e externos;
• A empresa tem que ser grande e pequena ao mesmo tempo - competitividade e colaboração;
• Transparente - divulgar suas práticas - confiança interna e externa;
• Propiciar ambiente para inovação;
• Reuniões constantes sobre assuntos diversos: aumentar a eficiência na tomada de decisão.
Arquitetura Organizacional
• Escritório flexível - agilidade;
• Tamanho do escritório de acordo com a utilidade;
• Ambientes comuns para disseminar a cultura, a disciplina;
Cultura
• Para aproveitar oportunidades, a gestão tem que entender normas, crenças, valores e visão da organização;
• Os valores estão agregando na busca por resultados?
A Era do Conhecimento
• O que é Dado, Informação e Conhecimento?
• Conhecimento é para inovar, mudar processos, criar valores e lucrar com ele;
• Criar uma cultura de aprendizado;
• Deve-se desenvolver políticas de geração do conhecimento, inovação e retenção de talentos;
• Deve-se valorizar a criatividade;
• Saber usar a informação;
• Educação continuada.
O Trabalho e as Pessoas
• Trabalho tem que ser prazeroso, ter significado e crescimento pessoal;
• “Quando as pessoas estão engajadas em projetos criativos ou de soluções de problemas, tendem a aparecer em todos os encontros, a pensar no projeto em suas horas de descanso e a investir vastas somas de energia física e mental.” Comprometimento e Motivação;
• As pessoas estão dispostas a trabalhar duramente, mas não às custas da vida pessoal;
• Buscar equilíbrio: família, trabalho, lazer.
Ética
• O que é ética? Padrão de conduta e julgamento moral.
• Trata-se de uma ação arbitrária ou não? Aponta de forma injusta para um indivíduo ou grupo?
• Viola a moral ou os defeitos legais de algum indivíduo ou grupo?
• Existem cursos alternativos de ação que teriam menos probabilidade de causar dano real ou potencial?
O Papel do Líder
• Apoiar e dar liberdade para criar;
• Promover mudanças;
• Quebrar Paradigmas;
• Comunicar, Escutar, Instruir, Estar disponível;
• Imaginar possibilidades fora das categorias convencionais;
• Aproveitar o potencial dos funcionários;
• Permitir que seus subordinados se desenvolvam;
A Empresa e a Sociedade
• Responsabilidade Social, cidadania e gestão ambiental;
• Planejamento Estratégico;
• Comprometimento das pessoas;
• A cidadania corporativa tem que fazer parte da filosofia da empresa.
A Sociedade do Futuro: 20 - 25 anos
• Rápido crescimento da população idosa e acelerado encolhimento da população jovem;
• Trabalho após 75 anos - Saúde;
• Pessoas mais velhas e instruídas poderão optar em continuar a trabalhar como prestadores de serviço temporário;
• Pessoas não serão recursos - Serão ativos;
• Mudança no horário de trabalho -trabalhos temporários - trabalho à distância;
• Mudança na remuneração: por resultado, por tarefa;
• A tecnologia da Informação permitirá a disseminação do conhecimento;
• A competitividade será global: Internet possibilita informação em qualquer lugar do mundo;
• As empresas terão estratégias globais;
• O trabalho exigirá a aplicação prática do conhecimento formal;
• O tecnólogo do conhecimento será a força política e social dominante (no passado: operário manual era a força de trabalho) No futuro, o status será pelas relações na sociedade;
• Os tecnólogos do conhecimento serão profissionais (não mais trabalhadores) : importância não está na hierarquia;
• O trabalho será bem realizado por ambos os sexos;
• Os profissionais do conhecimento trabalham na organização, mas não pertence a ela - Trabalham em função do seu conhecimento;
• O conhecimento se tornará absoleto num curto período de tempo: necessidade de educação continuada;
• O conhecimento não pode ser herdado, é adquirido por qualquer um. O sucesso é para todos;
• Emprego não é um meio de sobrevivência, mas a sua vida;
• A empresa precisa se transformar em um agente de mudança - é inútil tentar implantar inovações numa empresa tradicional;
• As políticas de RH têm que alcançar todos que trabalham para a empresa - funcionários fixos ou não;
• O RH será único e ditará as diretrizes para todas as filiais mundiais;
• O fracasso: Aquele que não tiver uma posição social vantajosa irá se sentir fracassado: tem que ser reconhecido pela sociedade;
• As empresas mais digitalizadas são aquelas cujos círculos encontram-se melhor ligados por sistemas digitais;
• O auto grau de digitalização demonstra melhor performance, principalmente em época de crise. Tudo flui mais rápido e a mudança é virtual. É estar preparado virtualmente para cenários mutantes.
Gestão de Negócios, Inteligência de Mercado, Marketing&Vendas, Neuromarketing, Carreira e Educação
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Razões e Fracassos nos Processos de Fusão e Aquisição
• Um dos principais motivos que tem levado as empresas ao fracasso nos processos de fusões e aquisições é a falta de clareza das razões estratégicas. A má formulação e o mau entendimento das razões estratégicas também inviabilizam uma justa negociação e uma boa integração.
• A falta de racionalidade na fase de negociação é também considerada um problema, pois impede uma correta avaliação do negócio, podendo sobre-valorizar os benefícios do mesmo.
• A não participação dos profissionais de Recursos Humanos nos processos de fusão e aquisição é um fator de fracasso em muitas empresas no que diz respeito à gestão de pessoas. Deve-se buscar compreender os impactos resultantes de culturas e políticas diferentes e ajustá-las à nova realidade.
• Um item responsável pelas falhas na fase de implantação é a falta de foco na execução do plano, que prejudica o alcance das metas.
• Na fase de integração, a falta de uma comunicação clara e de uma liderança forte dificulta a administração nos momentos de incertezas e gera muita ansiedade. Os líderes precisam comunicar, de uma forma transparente, a visão estratégica da nova empresa e motivar as pessoas para canalizarem suas energias na direção desejada.
• Ainda na fase da integração, toda empresa deve estar envolvida no processo de mudança, principalmente os gerentes de linha, pois são eles que disseminarão a nova cultura e perseguirão as metas estabelecidas. A falta de preparação do terreno é um motivo de fracasso.
• Outro fator que deve ser evitado é a não sintonia entre o planejamento de integração e as razões estratégicas previamente determinadas, no processo de fusão e/ou aquisição.
• A não preocupação com os objetivos de curto-prazo - a redução de custo, a consolidação de funções administrativas e as vendas de negócios não essenciais - que geram resultados rápidos para os acionistas, impede que as organizações atinjam os de longo-prazo.
• A implantação de qualquer fusão e/ou aquisição será prejudicada se as equipes de trabalho não forem formadas com pessoas qualificadas e bem preparadas.
BARROS, Betania Tanure: O Encontro das Culturas Organizacionais, In: Fusões, Aquisições e Parcerias. São Paulo: Atlas, 2001.
• A falta de racionalidade na fase de negociação é também considerada um problema, pois impede uma correta avaliação do negócio, podendo sobre-valorizar os benefícios do mesmo.
• A não participação dos profissionais de Recursos Humanos nos processos de fusão e aquisição é um fator de fracasso em muitas empresas no que diz respeito à gestão de pessoas. Deve-se buscar compreender os impactos resultantes de culturas e políticas diferentes e ajustá-las à nova realidade.
• Um item responsável pelas falhas na fase de implantação é a falta de foco na execução do plano, que prejudica o alcance das metas.
• Na fase de integração, a falta de uma comunicação clara e de uma liderança forte dificulta a administração nos momentos de incertezas e gera muita ansiedade. Os líderes precisam comunicar, de uma forma transparente, a visão estratégica da nova empresa e motivar as pessoas para canalizarem suas energias na direção desejada.
• Ainda na fase da integração, toda empresa deve estar envolvida no processo de mudança, principalmente os gerentes de linha, pois são eles que disseminarão a nova cultura e perseguirão as metas estabelecidas. A falta de preparação do terreno é um motivo de fracasso.
• Outro fator que deve ser evitado é a não sintonia entre o planejamento de integração e as razões estratégicas previamente determinadas, no processo de fusão e/ou aquisição.
• A não preocupação com os objetivos de curto-prazo - a redução de custo, a consolidação de funções administrativas e as vendas de negócios não essenciais - que geram resultados rápidos para os acionistas, impede que as organizações atinjam os de longo-prazo.
• A implantação de qualquer fusão e/ou aquisição será prejudicada se as equipes de trabalho não forem formadas com pessoas qualificadas e bem preparadas.
BARROS, Betania Tanure: O Encontro das Culturas Organizacionais, In: Fusões, Aquisições e Parcerias. São Paulo: Atlas, 2001.
Melhores Práticas nas Fases dos Processos de Fusão e Aquisição
DUE DILIGENCE
• Determinar claramente as razões que estão levando a empresa à fusão ou aquisição, para assegurar a boa escolha. Buscar empresas que irão realmente agregar valor, permitindo o crescimento do negócio principal.
• Fazer uma rigorosa avaliação do negócio, para evitar a fusão e aquisição supervalorizada.
• Realizar um diagnóstico cultural da empresa a ser adquirida, a fim de compreender seus valores, sua cultura e formas de trabalho.
• Planejar o Day-Afte: o que fazer, onde mudar, quando, por que, por quem, como e por onde começar.
• Definir a nova estrutura organizacional, assim como a visão e a missão que será transmitida a todos os funcionários, nos primeiros momentos.
• Determinar as diretrizes para a comunicação interna e externa, sob a visão de como as mudanças irão agregar valor à empresa.
NEGOCIAÇÃO
• Montar equipes de negociação, incluindo o pessoal interno, envolvendo profissionais que tenham visões diferentes, a fim de possibilitar uma avaliação do negócio sob diversos ângulos – caso seja parceiros externos, garantir que tenham um entendimento dos anseios e estratégias da organização.
• Focar na racionalidade durante a negociação, para que todo o trabalho fique voltado para o objetivo do negócio, evitando problemas emocionais relativos às diferenças culturais.
• Ser veloz nas tomadas de decisões, para não deixar as melhores oportunidades passarem, nem fazer escolhas erradas, devido ao desgaste de um período longo de negociações.
INTEGRAÇÃO
• Montar um programa de integração voltado para o objetivo da fusão ou aquisição, a fim de garantir o sucesso da mesma, utilizando grupos multifuncionais, entre empresas, para projetos de racionalização, melhoria de produtividade e, principalmente, integração entre as empresas.
• Formar a equipe de integração com profissionais competentes, capazes de transmitir a nova cultura da empresa, assim como sua visão e missão, canalizando esforços na direção desejada. Equipes multifuncionais.
• Envolver todo o pessoal da empresa no processo de mudança organizacional, principalmente os gerentes de linha, que têm a função de liderar pessoas.
• Construir uma política de comunicação clara, positiva e aberta a perguntas, a fim de facilitar as ansiedades e resistências geradas durante o processo de mudança.
• Focar nas metas, para diminuir conflitos internos (ruídos, perda de identidade, medo) e concretizar resultados.
• Mesclar e monitorar a cultura, ajustando os valores aos objetivos estratégicos.
• Reformular os padrões de remuneração, evitando inquietações pelas diferenças entre empresas.
• Elaborar planos de desligamento, para que não ocorra demissão em massa.
BARROS, Betania Tanure: O Encontro das Culturas Organizacionais, In: Fusões, Aquisições e Parcerias. São Paulo: Atlas, 2001.
• Determinar claramente as razões que estão levando a empresa à fusão ou aquisição, para assegurar a boa escolha. Buscar empresas que irão realmente agregar valor, permitindo o crescimento do negócio principal.
• Fazer uma rigorosa avaliação do negócio, para evitar a fusão e aquisição supervalorizada.
• Realizar um diagnóstico cultural da empresa a ser adquirida, a fim de compreender seus valores, sua cultura e formas de trabalho.
• Planejar o Day-Afte: o que fazer, onde mudar, quando, por que, por quem, como e por onde começar.
• Definir a nova estrutura organizacional, assim como a visão e a missão que será transmitida a todos os funcionários, nos primeiros momentos.
• Determinar as diretrizes para a comunicação interna e externa, sob a visão de como as mudanças irão agregar valor à empresa.
NEGOCIAÇÃO
• Montar equipes de negociação, incluindo o pessoal interno, envolvendo profissionais que tenham visões diferentes, a fim de possibilitar uma avaliação do negócio sob diversos ângulos – caso seja parceiros externos, garantir que tenham um entendimento dos anseios e estratégias da organização.
• Focar na racionalidade durante a negociação, para que todo o trabalho fique voltado para o objetivo do negócio, evitando problemas emocionais relativos às diferenças culturais.
• Ser veloz nas tomadas de decisões, para não deixar as melhores oportunidades passarem, nem fazer escolhas erradas, devido ao desgaste de um período longo de negociações.
INTEGRAÇÃO
• Montar um programa de integração voltado para o objetivo da fusão ou aquisição, a fim de garantir o sucesso da mesma, utilizando grupos multifuncionais, entre empresas, para projetos de racionalização, melhoria de produtividade e, principalmente, integração entre as empresas.
• Formar a equipe de integração com profissionais competentes, capazes de transmitir a nova cultura da empresa, assim como sua visão e missão, canalizando esforços na direção desejada. Equipes multifuncionais.
• Envolver todo o pessoal da empresa no processo de mudança organizacional, principalmente os gerentes de linha, que têm a função de liderar pessoas.
• Construir uma política de comunicação clara, positiva e aberta a perguntas, a fim de facilitar as ansiedades e resistências geradas durante o processo de mudança.
• Focar nas metas, para diminuir conflitos internos (ruídos, perda de identidade, medo) e concretizar resultados.
• Mesclar e monitorar a cultura, ajustando os valores aos objetivos estratégicos.
• Reformular os padrões de remuneração, evitando inquietações pelas diferenças entre empresas.
• Elaborar planos de desligamento, para que não ocorra demissão em massa.
BARROS, Betania Tanure: O Encontro das Culturas Organizacionais, In: Fusões, Aquisições e Parcerias. São Paulo: Atlas, 2001.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Projeto Corpo e Emoção: a alfabetização emocional
De acordo com os estudos sobre Inteligências Múltiplas de Howard Garder, publicados no Brasil (1), a maior parte das capacidades implícitas no que chama de “inteligência” já era percebida no ser humano, mas era vista como atributo de um dom especial, de um talento único, portanto, não poderia ser encontrada na maior parte das pessoas e, conseqüentemente, nem ser trabalhada nas escolas.
As inteligências localizadas por Gardner, e que levam a escola a se perguntar como explorá-las e desenvolvê-las plenamente, são as seguintes:
INTELIGÊNCIA LINGÜÍSTICA: uma capacidade exibida de forma mais completa por grandes poetas ou escritores extraordinários. Pode aparecer muito acentuada, mesmo em pessoas que, com reduzido vocabulário, sabem dizer bem suas mensagens.
INTELIGÊNCIA LÓGICA E MATEMÁTICA: revela a facilidade para aprender e perceber a projeção dos conceitos e das formas matemáticas.
INTELIGÊNCIA ESPACIAL: é a capacidade de formar, manobrar e operar um modelo do mundo no espaço. Nas crianças, este tipo de inteligência aparece nas fantasias dos “amigos invisíveis” revelando um mundo de sonhos, rapidamente reprimidas por pais ou professores obcecadamente preocupados com essas “crianças mentirosas”.
INTELIGÊNCIA MUSICAL: é outra competência presente em qualquer ser humano, mas oculta pelo preconceito de que nem todos podem ter esse dom.
INTELIGÊNCIA CORPORAL-CINESTÉSICA: é a impressionante capacidade de resolver problemas ou elaborar formas de comunicação utilizando o corpo.
INTELIGÊNCIA NATURALISTA: é como operar o mundo natural, nos tornando capaz de compreender tipos encontrados na fauna e na flora.
INTELIGÊNCIA PICTOGRÁFICA: pessoas que se expressam admiravelmente bem através do desenho ou de imagens gráficas de maneira geral. Pedir um desenho sobre um tema proposto ao invés de redação seria um recurso para a utilização desta inteligência.
INTELIGÊNCIA INTERPESSOAL: é a capacidade de compreender outras pessoas e o que as motiva.
INTELIGÊNCIA INTRAPESSOAL: é a capacidade da auto-estima e de formar um modelo coerente e verídico de si mesmo, usando esse modelo para operacionalizar a felicidade.
Após termos visto os vários tipos de inteligências segundo Howard Garder, estudaremos agora um outro autor que retratará o mesmo tema.
Segundo Daniel Goleman (2), pesquisador em Inteligência Emocional, menciona a educação da inteligência emocional como instrumento de mudança comportamental das pessoas.
Para Goleman, a Inteligência Emocional pode ser expressada através de cinco pontos essenciais:
AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL
o Melhora no reconhecimento e designação das próprias emoções
o Maior capacidade de entender as causas dos sentimentos
o Diferenciar sentimentos e atos
CONTOLE DE EMOÇÕES
o Melhor tolerância à frustração e controle da raiva
o Menos ofensas verbais, brigas e perturbações na sala de aula
o Maior capacidade de expressar adequadamente a raiva, sem brigar
o Menos suspensões e expulsões
o Menos comportamento agressivo ou autodestrutivo
o Mais sentimentos positivos sobre si mesmo, a escola e a famílias
o Melhor no lidar com a tensão
o Menos solidão e ansiedade social
CANALIZAR PRODUTIVAMENTE AS EMOÇÕES
o Maior comunicabilidade
o Maior capacidade de se concentrar na tarefa imediata e prestar atenção
o Menor impulsividade e mais autocontrole
o Melhores notas nas provas
EMPATIA: LER EMOÇÕES
o Maior capacidade de adotar a perspectiva do outro
o Melhor empatia e sensibilidade em relação aos sentimentos dos outros
o Melhor no ouvir os outros
LIDAR COM RELACIONAMENTOS
o Maior capacidade de analisar e compreender relacionamentos
o Melhor na solução de conflitos e negociação de desacordos
o Melhor na solução de problemas em relacionamentos
o Mais assertivo e hábil no comunicar-se
o Mais benquisto, amistoso e envolvido com os colegas
o Mais procurado pelos colegas
o Mais preocupado e atencioso
o Mais “pró-social” e harmonioso em grupos
o Maior partilhamento, cooperatividade e prestatividade
o Mais democrático no lidar com os outros
Depois de ter visto os pontos essenciais da Inteligência Emocional para Goleman, pode-se perceber que este mesmo denomina Inteligência Emocional a ação conjunta das Inteligências Interpessoal e Intrapessoal de Gardner. Além disso, Gardner descreve as inteligências como algo que possa ter uma ação para o bem e para o mal. Já Goleman preocupa-se com um meio para mudar o comportamento das pessoas. Agora, ambos, tentam dar uma nova dimensão ao conceito de inteligência e propõem uma nova educação.
Goleman discute também a expressão Alfabetização Emocional onde relata que além de um treinamento para o professor, amplia a visão acerca do que é escola, explicitando-a como um agente da sociedade encarregado de constatar se as crianças estão obtendo os ensinamentos essenciais para a vida. Ele também defende que numa época em que um grande número de criança não é capaz de lidar com suas perturbações, de ouvir ou de se concentrar, frear um impulso, sentir-se responsável por seu trabalho ou se ligar na aprendizagem, qualquer coisa que reforce essas aptidões ajudará na educação delas. Assim, a alfabetização, segundo Goleman, aumenta a aptidão da escola para dar ensinamentos. E além dessas vantagens, o curso de Alfabetização Emocional ajuda as crianças a melhor desempenhar seus diversos papéis na própria vida.
De acordo agora com outro autor sobre Alfabetização Emocional, Celso Antunes (3), destaca que a Alfabetização Emocional não seria uma disciplina escolar, mas os ensinamentos relativos a ela seria somada com outras matérias já ensinadas em outras disciplinas como, por exemplo, a Educação Moral e Cívica. Além disso, os professores teriam que passar necessariamente por alguns pontos essenciais:
MENTALIDADE ABERTA: Professor preparado para aceitar inovações com entusiasmo e ousadia, sem desprezar a validade do estudo e de experiências acumuladas por outros.
ACENTUADA INTELIGÊNCIA INTERPESSOAL: Gosto e genuíno prazer em se relacionar com outras pessoas, vivenciar suas ansiedades e seus problemas para levá-las a busca de caminhos.
ATITUDE INVESTIGATIVA: Pessoa que está em permanente estado de pesquisa, jamais se fecha em conquistas temporárias e sempre disposta a aprender a aprender.
SENSO CRÍTICO: Profissional dotado de segurança para aceitar a crítica constritiva e para reformular-se a partir da convicção de que sua mudança conduz a crescimento efetivo.
DESPRENDIMENTO INTELECTUAL: Profissional incapaz de “guardar” seus eventuais sucessos como conquista pessoal, sentindo-se estimulado a crescer a partir de trocas com outros profissionais.
SENSIBILIDADE ÀS MUDANÇAS: Professor preparado para assumir seus erros, recorrigir-se e reconstruir-se a partir da identificação de uma falha. Profissional capaz de aceitar democraticamente os valores do outro, sem abrir mãos dos seus.
EMPATIA E INTELIGÊNCIA INTRAPESSOAL: Serenidade para superar a crítica perversa dos descrédulos ou desanimados, alguém capaz de sentir-se “o outro” em seus sentimentos e mágoas e, literalmente, livre de estereótipos ou preconceitos que rotulam pessoas de acordo com suas roupas, posição social, carro, cor da pele e outros.
De acordo com Celso Antunes, é importante desvincular os conteúdos da Alfabetização Emocional de preceitos espirituais e trazer os pais à escola para que compartilhem com os mestres os propósitos dos conteúdos que serão trabalhados.
Estudando então as idéias desses três autores educacionais, pretendo construir um projeto que trate o aspecto emocional na Pré-escola e que tenha uma continuação para as séries iniciais, a fim de construir crianças que tenham capacidades de se auto-desenvolver, facilitando no aprendizado escolar. Espero, portanto, que a criança chegue à primeira série alfabetizada, uma vez que o não domínio da alfabetização está ligado ao fator emocional. E juntamente a esse trabalho proponho realizar um exercício no aprendizado: aprender utilizando o corpo. Pois as crianças têm que antes de tudo conhecer o seu próprio corpo. O fator corpo é o fator externo da aprendizagem. E unindo o fator interno (emocional) e o fator externo (corpo), que conseguiremos formar indivíduos plenos. O meu projeto de intervenção está destinado a uma melhor qualidade de ensino na formação do ser humano, e não, na tentativa de resolver problemas ou reconstituir algo já danificado.
ATIVIDADE CORPORAL EM SALA DE AULA
Este é um trabalho da Professora Raquel Mesquita(4) que trabalha com o corpo na aprendizagem escolar. Para ela o corpo é um recurso para aprender. Além de ser descontraído, o aluno aprende os limites do próprio corpo, aprendendo que tudo e todos também têm limites. A criança sente facilidade na aprendizagem pelo simples fato dela estar fazendo e sentindo, e não, somente vendo.
A atividade corporal, segundo Raquel Mesquita, deve ser pensada como um todo. A cabeça e as mãos fazem parte do corpo, mas os outros membros também, sem se esquecer do os sentimentos. Tudo isso faz parte de um todo que deve ser explorado na relação ensino-aprendizado.
Não seria bom aprender brincando? Pois bem, a brincadeira tem alcance pedagógico, político, afetivo e ideológico. Se a professora deixar seus alunos brincarem somente por brincar, eles não aprenderão nada. Deve despertar na criança a imaginação, a criatividade, o exercício com a mímica, com a música, com os movimentos. Essa é uma sugestão de trabalho da professora Raquel Mesquita para um melhor aprendizado escolar.
O PROJETO:
1ª ETAPA
É nesta etapa que ocorrem as reuniões dos professores com o supervisor para a discussão do trabalho a ser desenvolvido: o novo método, os objetivos, as finalidades, o modo como vai ser implantado a nova idéia de educar.
O supervisor terá como dever orientar o trabalho através de encontros regulares para debate das dificuldades, dos problemas emergidos, dos pontos positivos, além de contratar especialistas para sempre atualizar sua equipe de trabalho.
PROPOSTA DE TRABALHO
Treinamento dos professores:
Alfabetizando professores
A proposta para a alfabetização do professor é muito importante para a alfabetização da criança. Antes de tudo, o professor tem que se descobrir, entender sua forma de pensar, de agir, saber de seus valores e enxergar que as pessoas são diferentes por terem sido desenvolvidas em ambientes diferentes. Só então é que ele está preparado para poder compreender seus alunos de acordo com o modo de aprendizagem de cada um, com as diversas atitudes tidas em sala de aula, com as dificuldades geradas durante o ano letivo e qualquer outra questão emergida no decorrer das aulas.
São seis grandes temas a serem desenvolvidos com os professores, objetivando a reflexão do seu próprio ser como indivíduos, como atores de seu próprio saber e como agentes formadores de saber.
É importante mencionar que essas etapas serão desenvolvidas com o professor, sendo um treinamento para qualificá-los.
1. AUTOCONHECIMENTO:
- Conhecer os próprios sentimentos
- Gostar de si mesmo: Descubra que você vale tanto quanto imagina valer; Aprenda a cultivar sua força de vontade; Acredite em sua singularidade (você é único); Mostre-se sempre receptivo a novas idéias; Aprenda a elogiar, sempre com muita sinceridade.
- Ser respeitado: Gostar muito de você e das coisas que você “precisa” fazer; Tenha sempre um projeto ao alcance das mãos; Reclame quando necessário, mas não faça da reclamação uma necessidade; Seja persistente. Aprenda a jamais desanimar. Saiba reconstruir-se após as desilusões; Separe o puxa-saquinho da prestatividade. Aprenda a dividir e se ofereça para a ajuda.
- Aprender a pensar
ESTRATÉGIAS:
Eu: Introdução ao trabalho para deixar claro para a própria pessoa a intimidade dela. (As professoras vão escrever num papel sobre o que elas gostam, o que elas não gostam e o que elas gostariam de ter nelas e no trabalho).
O círculo de debates: Estratégia de sensibilização e conhecimento. (Abrir um grande círculo e discutir temas como: Quem sou eu? Coisas que gosto e não gosto em mim. Coisas que gosto e não gosto nos outros. Coisas que faço e que deixam outras pessoas felizes. Coisas que faço e que entristecem outras pessoas. As qualidades que admiro em outras pessoas. O que é um amor verdadeiro? A força de uma resposta amiga – casos -. Coisas que causam minha insegurança. O que é certo para os outros e errado para mim? O que é liberdade. Quem é livre?). Essa atividade é para que as professoras se conheçam e percebam as crenças e valores entre elas.
A eleição: Promoção do autoconhecimento, da auto-estima e da solidificação de relações intergrupais. Esta atividade mostra que quem somos não é quem acreditamos ser, mas uma mistura da maneira como nos vemos e a forma como somos vistos. (A professora deve escrever em um pedaço de papel aspectos de sua personalidade que realmente a caracteriza e, em outra folha de papel, escrever sobre a personalidade dos outros três membros do grupo. Depois com honestidade conversar com a pessoa sobre as características que o outro destacou.)
2. A ADMINISTRAÇÃO DAS EMOÇÕES:
- Controlar os impulsos
- Dispensar a ansiedade
- Interpretação dos indícios das emoções em outras pessoas
- “Dialogar” consigo mesmo
- Tomada de decisão
ESTRATÉGIAS:
Painel de fotos: Trabalhar os diferentes sentimentos (Os professores devem recortar figuras das revista que representam a Tristeza/Mágoa; Raiva/Ira; Felicidade/Alegria; Ansiedade/Medo; Amor/Amizade; Vergonha/Culpa; Aversão/Antipatia e discutir os sentimentos).
Dramatizações: Recurso para a administração das emoções. (Um texto dramático será apresentado e posteriormente discutido sobre as ações dos personagens e como estes deveriam ter agido para que a história não tivesse a conotação de drama. Casos podem ser relatados pelos professores para serem debatidos. É válido lembrar que esta atividade como a demais podem ter como tema assuntos do próprio trabalho, o que ajudaria na reflexão dos problemas cotidianos ocorridos na escola).
Opções de valores: Outro tipo de recurso para administração de emoções. (Será entregue aos professores uma lista de questões, para serem assinaladas com: 1ª opções menos significativas, 2a razoavelmente significativas e 3ª a que expressar sua mais ampla convicção. Depois será feito um debate sobre as respostas).
3. ÉTICA SOCIAL E EMPATIA:
- Compreensão dos sentimentos e apreensão dos outros
- Diferença no reconhecimento, no modo como as outras pessoas se sentem em relação às coisas
- Diferenças entre moral e ética
- Ética em um país de contrastes
ESTRATÉGIA:
Rótulos com nomes e relatórios: Esta é uma atividade que vai discutir a idéia de “rotular” as pessoas. (Dividir a turma em grupos de três pessoas. Dar a um dos membros do grupo uma característica como: Chata, Bonequinha, Cdf... e propor um assunto atual. A pessoa terá que representar o rótulo dado a ela. Abrir um círculo para debates destacando sobre a estratégia e a relação ao comportamento ético de cada um. São discussões que devem ser importantes “ferramentas” para a análise dos problemas cotidianos, gerados pelo uso de rótulos, na escola, na família e na relação intrapessoal).
4. AUTOMOTIVAÇÃO:
- Monitoramento dos sentimentos
- Ferramentas do Otimismo
- Meios de lidar com raiva, ansiedade, medo e tristeza
- Construindo amizade
- “Descobrindo” o outro
ESTRATÉGIA:
Painel de relacionamentos: Contribui para o resgate da afetividade e para a automotivação. ( Fazer duplas, se apresentar ao colega respondendo quando fica feliz, quando toma uma iniciativa pensando que será bem sucedido, citar algo que o reconheça que é bom, um sonho que pretende conquistar e uma pessoa que admira. Depois, unir uma dupla a outra, repetindo o modo de apresentação entre as duplas. Só então fazer um desenho sobre o padrão de automotivação dos quartetos e fazer um discurso num grupão destacando a automotivação de cada grupo).
5. APRIMORANDO A COMUNICAÇÃO:
- Valorização da fraqueza
- Uso das inteligências múltiplas para a comunicação
- Construção da consciência
- Aprender a ouvir
ESTRATÉGIAS:
Quem conta um conto: Demonstra a fragilidade da comunicação. (Pedir que duas pessoas se ausentem da sala. Ler para os demais uma história. Chamar um dos colegas que estiver fora de sala e pedir para que alguém conte a eles a história lida dentro da sala. Pedir à pessoa que foi chamada e que acabou de ouvir a história que conte para o outro ausente. Perceba que a história irá sofrer alterações, distanciando-se da original, com acréscimos de fatos, omissão de outros e mudança de seu roteiro básico.
Teatro: Recurso para a aprendizagem.(A partir de um texto, contá-lo através de mímica, de historinha, de música, com a utilização de objetos – a forma com que é dado um determinado exercício pode desenvolver melhor o aprendizado do aluno.
2ª ETAPA
ATIVIDADE CORPORAL – EMOCIONAL
É nessa etapa que caberá aos professores da área elaborar ou reelaborar seus planos de aula, envolvendo a qualidade de ensino numa amplitude corpo e emoção, onde o corpo faz parte do sujeito e, portanto, deve ser utilizado no processo ensino-aprendizagem, juntamente com o trabalho da compreensão das emoções.
Exemplo: Aprendendo brincando com os jogos
PRÉ-ESCOLA:
Na fase da pré-escola, as crianças não pensam, simultaneamente, em diversos aspectos de uma mesma situação. Não imaginam que um copo de água alto possa conter a mesma quantidade de água que um copo baixo e largo. Elas também são incapazes de perceber que uma ação ou uma operação podem tomar ambas as direções. Não imaginam que voltando a água a dois copos iguais, se prova que havia a mesma quantidade de água quando em copos diferentes. As crianças só concentram na sucessão de diferentes quadros, mas não conseguem entender o estado e o significado de transformação de um para outr4o estado. E Ainda, elas vão do particular para outro particular, sem levar em conta o geral. Não associam, por exemplo, o fato de tomar chuva com se resfriar, mas refletem que se os dois fatos ocorrem na mesma época sempre um causa o outro. E, por último, elas têm a incapacidade de ver as coisas do ponto de vista do outro. É a compreensão centrada em sí própria. Resumindo, as crianças são centralizadoras, irreversíveis, anti-transformadora, transdedutivas e egocêntricas.
É nessa fase que as crianças estão no período pré-operacional, o do desenvolvimento cognitivo, em que podem pensar em símbolos , mas ainda não podem usar lógica, ou seja, podem pensar em objetos, pessoas ou eventos, usando representações mentais. É por isso, que deve-se explorar os jogos como recursos que reforçam a idéia de símbolos, a fim de desenvolver a inteligência das crianças na pré-escola.
Exemplo:
Brincando com palavras: É um jogo de recitação rítmica. (Criar músicas e colocar a criança para caminhar em círculo, fazendo-a repetir ritmicamente frases diversificadas como: um passo, mão na testa, dois passos, mão no bolso...
Fantasia onomatopaica: É uma conversa com objetos, produzindo efeitos sonoros. ( Fazer brincadeira com a criança estimulando a descoberta de ruídos onomatopaicos - crash, bum, pá...)
Expressão emocional: Verbaliza sentimentos e emoções. (Destacar o vocabulário para expressar e diferenciar emoções. Pode ser feita quando estiver lendo historinhas dentro de sala de aula.)
Conversando sozinho: Usa brinquedos verbalizando fatos e eventos. (A criança deve ser estimulada a falar com seus bonecos e imitar suas ações e emoções. Pode brincar de fantoche e, depois, ser o próprio fantoche).
Mímica em voz alta: Narra as reflexões. ( A criança tem que fazer uma mímica de uma historinha e uma outra será o porta voz da história).
O gigante: Desperta a capacidade lógica. ( Conte uma historinha, ou interprete uma música , despertando a diferença entre o grande e o pequeno, o apertadoe o folgado, sendo elas mesmas o material a ser utilizado.
Estereótipos: Desfazer valores arcaicos. (Faça uma menina imitar um mecânico, ou um menino imitar um pai na criação de um filho: cozinhar, arrumar, cuidar de um bebê, mostrando que ele já foi um. È importante despertar interesse. Como? Despertando curiosidades sobre eles mesmos ou sobre as coisas, os outros...)
Brincadeiras de roda: Empatia. (Contando uma música na roda, invente coreografias onde um tem que encostar-se ao outro, abraçar o outro).
AVALIAÇÃO
A avaliação deve obter um relatório sobre o desempenho do aluno e este relatório pode ser estabelecido através da observação de alguns parâmetros sobre as atitudes de cada aluno. Abaixo está uma proposta de avaliação: ( É válido lembrar que a professora poderá fazer o quadro de avaliação que melhor corresponder com o trabalho desenvolvido por ela.
SIM ou NÃO?
Como a criança é?
Ambiciosa
Vaidosa
Orgulhosa
Independente
Magoa-se facilmente
Mostra empatia
Reclama muito
Se isola
Gosta de chamar a atenção
Inquieto
Tímido
Expressivo
Escreve bem
Egoísta
Repondão
Violento
Acredito no meu projeto e acredito que as escolas têm que trabalhar com a questão do emocional, com a utilização do corpo, para poder superar barreiras que são criadas no nosso dia a dia.
A mente está ligada ao coração e eles por sua vez estão ligados ao próprio corpo do indivíduo
NOTAS
(1) GARDNER, Howard - professor norte-americano, formado em Psicologia e doutorado pela Universidade Harvard. - Suas obras: “ A Criança Pré Escolar ”; “Estruturas da Mente”; “A Teoria das Inteligências Múltiplas”; “ Mentes Criativas!”.
(2) GOLEMAN, Daniel - PhD pela Universidade de Harward, Psicólogo. - Sua obra: “Inteligência Emocional”
(3) ANTUNES, Celso - Formado em Geografia pela Universidade de São Paulo, Mestre em Geografia Humana e especialista em técnicas pedagógicas. - Sua Obra: “Alfabetização Emocional’
(4) MESQUITA, Raquel - Mestre em Pedagogia do Movimento Humano.
BIBLIOGRAFIA
ANTUNES, Celso. Alfabetização Emocional. Editora Terra, 3ª edição, São Paulo, 1997. 110 páginas.
GOLEMAN, Daniel. Inteligência Emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. Editora Objetiva, 44ª edição, Rio de Janeiro, 1995. Páginas 245 a 324.
OUTROS
CURSO - “A Teoria das Inteligências Múltiplas na Prática Escolar” 8 horas/aulas ministrada por Rafaela Cyrino Peralva
IV JORNADA CURITIBANA DE EDUCAÇÃO - Temas “Atividade Corporal na Escola’; “Qualidade em Sala de aula” e conferência “A Alegria de Ensinar - Rubem Alves” 27 horas/aula.
As inteligências localizadas por Gardner, e que levam a escola a se perguntar como explorá-las e desenvolvê-las plenamente, são as seguintes:
INTELIGÊNCIA LINGÜÍSTICA: uma capacidade exibida de forma mais completa por grandes poetas ou escritores extraordinários. Pode aparecer muito acentuada, mesmo em pessoas que, com reduzido vocabulário, sabem dizer bem suas mensagens.
INTELIGÊNCIA LÓGICA E MATEMÁTICA: revela a facilidade para aprender e perceber a projeção dos conceitos e das formas matemáticas.
INTELIGÊNCIA ESPACIAL: é a capacidade de formar, manobrar e operar um modelo do mundo no espaço. Nas crianças, este tipo de inteligência aparece nas fantasias dos “amigos invisíveis” revelando um mundo de sonhos, rapidamente reprimidas por pais ou professores obcecadamente preocupados com essas “crianças mentirosas”.
INTELIGÊNCIA MUSICAL: é outra competência presente em qualquer ser humano, mas oculta pelo preconceito de que nem todos podem ter esse dom.
INTELIGÊNCIA CORPORAL-CINESTÉSICA: é a impressionante capacidade de resolver problemas ou elaborar formas de comunicação utilizando o corpo.
INTELIGÊNCIA NATURALISTA: é como operar o mundo natural, nos tornando capaz de compreender tipos encontrados na fauna e na flora.
INTELIGÊNCIA PICTOGRÁFICA: pessoas que se expressam admiravelmente bem através do desenho ou de imagens gráficas de maneira geral. Pedir um desenho sobre um tema proposto ao invés de redação seria um recurso para a utilização desta inteligência.
INTELIGÊNCIA INTERPESSOAL: é a capacidade de compreender outras pessoas e o que as motiva.
INTELIGÊNCIA INTRAPESSOAL: é a capacidade da auto-estima e de formar um modelo coerente e verídico de si mesmo, usando esse modelo para operacionalizar a felicidade.
Após termos visto os vários tipos de inteligências segundo Howard Garder, estudaremos agora um outro autor que retratará o mesmo tema.
Segundo Daniel Goleman (2), pesquisador em Inteligência Emocional, menciona a educação da inteligência emocional como instrumento de mudança comportamental das pessoas.
Para Goleman, a Inteligência Emocional pode ser expressada através de cinco pontos essenciais:
AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL
o Melhora no reconhecimento e designação das próprias emoções
o Maior capacidade de entender as causas dos sentimentos
o Diferenciar sentimentos e atos
CONTOLE DE EMOÇÕES
o Melhor tolerância à frustração e controle da raiva
o Menos ofensas verbais, brigas e perturbações na sala de aula
o Maior capacidade de expressar adequadamente a raiva, sem brigar
o Menos suspensões e expulsões
o Menos comportamento agressivo ou autodestrutivo
o Mais sentimentos positivos sobre si mesmo, a escola e a famílias
o Melhor no lidar com a tensão
o Menos solidão e ansiedade social
CANALIZAR PRODUTIVAMENTE AS EMOÇÕES
o Maior comunicabilidade
o Maior capacidade de se concentrar na tarefa imediata e prestar atenção
o Menor impulsividade e mais autocontrole
o Melhores notas nas provas
EMPATIA: LER EMOÇÕES
o Maior capacidade de adotar a perspectiva do outro
o Melhor empatia e sensibilidade em relação aos sentimentos dos outros
o Melhor no ouvir os outros
LIDAR COM RELACIONAMENTOS
o Maior capacidade de analisar e compreender relacionamentos
o Melhor na solução de conflitos e negociação de desacordos
o Melhor na solução de problemas em relacionamentos
o Mais assertivo e hábil no comunicar-se
o Mais benquisto, amistoso e envolvido com os colegas
o Mais procurado pelos colegas
o Mais preocupado e atencioso
o Mais “pró-social” e harmonioso em grupos
o Maior partilhamento, cooperatividade e prestatividade
o Mais democrático no lidar com os outros
Depois de ter visto os pontos essenciais da Inteligência Emocional para Goleman, pode-se perceber que este mesmo denomina Inteligência Emocional a ação conjunta das Inteligências Interpessoal e Intrapessoal de Gardner. Além disso, Gardner descreve as inteligências como algo que possa ter uma ação para o bem e para o mal. Já Goleman preocupa-se com um meio para mudar o comportamento das pessoas. Agora, ambos, tentam dar uma nova dimensão ao conceito de inteligência e propõem uma nova educação.
Goleman discute também a expressão Alfabetização Emocional onde relata que além de um treinamento para o professor, amplia a visão acerca do que é escola, explicitando-a como um agente da sociedade encarregado de constatar se as crianças estão obtendo os ensinamentos essenciais para a vida. Ele também defende que numa época em que um grande número de criança não é capaz de lidar com suas perturbações, de ouvir ou de se concentrar, frear um impulso, sentir-se responsável por seu trabalho ou se ligar na aprendizagem, qualquer coisa que reforce essas aptidões ajudará na educação delas. Assim, a alfabetização, segundo Goleman, aumenta a aptidão da escola para dar ensinamentos. E além dessas vantagens, o curso de Alfabetização Emocional ajuda as crianças a melhor desempenhar seus diversos papéis na própria vida.
De acordo agora com outro autor sobre Alfabetização Emocional, Celso Antunes (3), destaca que a Alfabetização Emocional não seria uma disciplina escolar, mas os ensinamentos relativos a ela seria somada com outras matérias já ensinadas em outras disciplinas como, por exemplo, a Educação Moral e Cívica. Além disso, os professores teriam que passar necessariamente por alguns pontos essenciais:
MENTALIDADE ABERTA: Professor preparado para aceitar inovações com entusiasmo e ousadia, sem desprezar a validade do estudo e de experiências acumuladas por outros.
ACENTUADA INTELIGÊNCIA INTERPESSOAL: Gosto e genuíno prazer em se relacionar com outras pessoas, vivenciar suas ansiedades e seus problemas para levá-las a busca de caminhos.
ATITUDE INVESTIGATIVA: Pessoa que está em permanente estado de pesquisa, jamais se fecha em conquistas temporárias e sempre disposta a aprender a aprender.
SENSO CRÍTICO: Profissional dotado de segurança para aceitar a crítica constritiva e para reformular-se a partir da convicção de que sua mudança conduz a crescimento efetivo.
DESPRENDIMENTO INTELECTUAL: Profissional incapaz de “guardar” seus eventuais sucessos como conquista pessoal, sentindo-se estimulado a crescer a partir de trocas com outros profissionais.
SENSIBILIDADE ÀS MUDANÇAS: Professor preparado para assumir seus erros, recorrigir-se e reconstruir-se a partir da identificação de uma falha. Profissional capaz de aceitar democraticamente os valores do outro, sem abrir mãos dos seus.
EMPATIA E INTELIGÊNCIA INTRAPESSOAL: Serenidade para superar a crítica perversa dos descrédulos ou desanimados, alguém capaz de sentir-se “o outro” em seus sentimentos e mágoas e, literalmente, livre de estereótipos ou preconceitos que rotulam pessoas de acordo com suas roupas, posição social, carro, cor da pele e outros.
De acordo com Celso Antunes, é importante desvincular os conteúdos da Alfabetização Emocional de preceitos espirituais e trazer os pais à escola para que compartilhem com os mestres os propósitos dos conteúdos que serão trabalhados.
Estudando então as idéias desses três autores educacionais, pretendo construir um projeto que trate o aspecto emocional na Pré-escola e que tenha uma continuação para as séries iniciais, a fim de construir crianças que tenham capacidades de se auto-desenvolver, facilitando no aprendizado escolar. Espero, portanto, que a criança chegue à primeira série alfabetizada, uma vez que o não domínio da alfabetização está ligado ao fator emocional. E juntamente a esse trabalho proponho realizar um exercício no aprendizado: aprender utilizando o corpo. Pois as crianças têm que antes de tudo conhecer o seu próprio corpo. O fator corpo é o fator externo da aprendizagem. E unindo o fator interno (emocional) e o fator externo (corpo), que conseguiremos formar indivíduos plenos. O meu projeto de intervenção está destinado a uma melhor qualidade de ensino na formação do ser humano, e não, na tentativa de resolver problemas ou reconstituir algo já danificado.
ATIVIDADE CORPORAL EM SALA DE AULA
Este é um trabalho da Professora Raquel Mesquita(4) que trabalha com o corpo na aprendizagem escolar. Para ela o corpo é um recurso para aprender. Além de ser descontraído, o aluno aprende os limites do próprio corpo, aprendendo que tudo e todos também têm limites. A criança sente facilidade na aprendizagem pelo simples fato dela estar fazendo e sentindo, e não, somente vendo.
A atividade corporal, segundo Raquel Mesquita, deve ser pensada como um todo. A cabeça e as mãos fazem parte do corpo, mas os outros membros também, sem se esquecer do os sentimentos. Tudo isso faz parte de um todo que deve ser explorado na relação ensino-aprendizado.
Não seria bom aprender brincando? Pois bem, a brincadeira tem alcance pedagógico, político, afetivo e ideológico. Se a professora deixar seus alunos brincarem somente por brincar, eles não aprenderão nada. Deve despertar na criança a imaginação, a criatividade, o exercício com a mímica, com a música, com os movimentos. Essa é uma sugestão de trabalho da professora Raquel Mesquita para um melhor aprendizado escolar.
O PROJETO:
1ª ETAPA
É nesta etapa que ocorrem as reuniões dos professores com o supervisor para a discussão do trabalho a ser desenvolvido: o novo método, os objetivos, as finalidades, o modo como vai ser implantado a nova idéia de educar.
O supervisor terá como dever orientar o trabalho através de encontros regulares para debate das dificuldades, dos problemas emergidos, dos pontos positivos, além de contratar especialistas para sempre atualizar sua equipe de trabalho.
PROPOSTA DE TRABALHO
Treinamento dos professores:
Alfabetizando professores
A proposta para a alfabetização do professor é muito importante para a alfabetização da criança. Antes de tudo, o professor tem que se descobrir, entender sua forma de pensar, de agir, saber de seus valores e enxergar que as pessoas são diferentes por terem sido desenvolvidas em ambientes diferentes. Só então é que ele está preparado para poder compreender seus alunos de acordo com o modo de aprendizagem de cada um, com as diversas atitudes tidas em sala de aula, com as dificuldades geradas durante o ano letivo e qualquer outra questão emergida no decorrer das aulas.
São seis grandes temas a serem desenvolvidos com os professores, objetivando a reflexão do seu próprio ser como indivíduos, como atores de seu próprio saber e como agentes formadores de saber.
É importante mencionar que essas etapas serão desenvolvidas com o professor, sendo um treinamento para qualificá-los.
1. AUTOCONHECIMENTO:
- Conhecer os próprios sentimentos
- Gostar de si mesmo: Descubra que você vale tanto quanto imagina valer; Aprenda a cultivar sua força de vontade; Acredite em sua singularidade (você é único); Mostre-se sempre receptivo a novas idéias; Aprenda a elogiar, sempre com muita sinceridade.
- Ser respeitado: Gostar muito de você e das coisas que você “precisa” fazer; Tenha sempre um projeto ao alcance das mãos; Reclame quando necessário, mas não faça da reclamação uma necessidade; Seja persistente. Aprenda a jamais desanimar. Saiba reconstruir-se após as desilusões; Separe o puxa-saquinho da prestatividade. Aprenda a dividir e se ofereça para a ajuda.
- Aprender a pensar
ESTRATÉGIAS:
Eu: Introdução ao trabalho para deixar claro para a própria pessoa a intimidade dela. (As professoras vão escrever num papel sobre o que elas gostam, o que elas não gostam e o que elas gostariam de ter nelas e no trabalho).
O círculo de debates: Estratégia de sensibilização e conhecimento. (Abrir um grande círculo e discutir temas como: Quem sou eu? Coisas que gosto e não gosto em mim. Coisas que gosto e não gosto nos outros. Coisas que faço e que deixam outras pessoas felizes. Coisas que faço e que entristecem outras pessoas. As qualidades que admiro em outras pessoas. O que é um amor verdadeiro? A força de uma resposta amiga – casos -. Coisas que causam minha insegurança. O que é certo para os outros e errado para mim? O que é liberdade. Quem é livre?). Essa atividade é para que as professoras se conheçam e percebam as crenças e valores entre elas.
A eleição: Promoção do autoconhecimento, da auto-estima e da solidificação de relações intergrupais. Esta atividade mostra que quem somos não é quem acreditamos ser, mas uma mistura da maneira como nos vemos e a forma como somos vistos. (A professora deve escrever em um pedaço de papel aspectos de sua personalidade que realmente a caracteriza e, em outra folha de papel, escrever sobre a personalidade dos outros três membros do grupo. Depois com honestidade conversar com a pessoa sobre as características que o outro destacou.)
2. A ADMINISTRAÇÃO DAS EMOÇÕES:
- Controlar os impulsos
- Dispensar a ansiedade
- Interpretação dos indícios das emoções em outras pessoas
- “Dialogar” consigo mesmo
- Tomada de decisão
ESTRATÉGIAS:
Painel de fotos: Trabalhar os diferentes sentimentos (Os professores devem recortar figuras das revista que representam a Tristeza/Mágoa; Raiva/Ira; Felicidade/Alegria; Ansiedade/Medo; Amor/Amizade; Vergonha/Culpa; Aversão/Antipatia e discutir os sentimentos).
Dramatizações: Recurso para a administração das emoções. (Um texto dramático será apresentado e posteriormente discutido sobre as ações dos personagens e como estes deveriam ter agido para que a história não tivesse a conotação de drama. Casos podem ser relatados pelos professores para serem debatidos. É válido lembrar que esta atividade como a demais podem ter como tema assuntos do próprio trabalho, o que ajudaria na reflexão dos problemas cotidianos ocorridos na escola).
Opções de valores: Outro tipo de recurso para administração de emoções. (Será entregue aos professores uma lista de questões, para serem assinaladas com: 1ª opções menos significativas, 2a razoavelmente significativas e 3ª a que expressar sua mais ampla convicção. Depois será feito um debate sobre as respostas).
3. ÉTICA SOCIAL E EMPATIA:
- Compreensão dos sentimentos e apreensão dos outros
- Diferença no reconhecimento, no modo como as outras pessoas se sentem em relação às coisas
- Diferenças entre moral e ética
- Ética em um país de contrastes
ESTRATÉGIA:
Rótulos com nomes e relatórios: Esta é uma atividade que vai discutir a idéia de “rotular” as pessoas. (Dividir a turma em grupos de três pessoas. Dar a um dos membros do grupo uma característica como: Chata, Bonequinha, Cdf... e propor um assunto atual. A pessoa terá que representar o rótulo dado a ela. Abrir um círculo para debates destacando sobre a estratégia e a relação ao comportamento ético de cada um. São discussões que devem ser importantes “ferramentas” para a análise dos problemas cotidianos, gerados pelo uso de rótulos, na escola, na família e na relação intrapessoal).
4. AUTOMOTIVAÇÃO:
- Monitoramento dos sentimentos
- Ferramentas do Otimismo
- Meios de lidar com raiva, ansiedade, medo e tristeza
- Construindo amizade
- “Descobrindo” o outro
ESTRATÉGIA:
Painel de relacionamentos: Contribui para o resgate da afetividade e para a automotivação. ( Fazer duplas, se apresentar ao colega respondendo quando fica feliz, quando toma uma iniciativa pensando que será bem sucedido, citar algo que o reconheça que é bom, um sonho que pretende conquistar e uma pessoa que admira. Depois, unir uma dupla a outra, repetindo o modo de apresentação entre as duplas. Só então fazer um desenho sobre o padrão de automotivação dos quartetos e fazer um discurso num grupão destacando a automotivação de cada grupo).
5. APRIMORANDO A COMUNICAÇÃO:
- Valorização da fraqueza
- Uso das inteligências múltiplas para a comunicação
- Construção da consciência
- Aprender a ouvir
ESTRATÉGIAS:
Quem conta um conto: Demonstra a fragilidade da comunicação. (Pedir que duas pessoas se ausentem da sala. Ler para os demais uma história. Chamar um dos colegas que estiver fora de sala e pedir para que alguém conte a eles a história lida dentro da sala. Pedir à pessoa que foi chamada e que acabou de ouvir a história que conte para o outro ausente. Perceba que a história irá sofrer alterações, distanciando-se da original, com acréscimos de fatos, omissão de outros e mudança de seu roteiro básico.
Teatro: Recurso para a aprendizagem.(A partir de um texto, contá-lo através de mímica, de historinha, de música, com a utilização de objetos – a forma com que é dado um determinado exercício pode desenvolver melhor o aprendizado do aluno.
2ª ETAPA
ATIVIDADE CORPORAL – EMOCIONAL
É nessa etapa que caberá aos professores da área elaborar ou reelaborar seus planos de aula, envolvendo a qualidade de ensino numa amplitude corpo e emoção, onde o corpo faz parte do sujeito e, portanto, deve ser utilizado no processo ensino-aprendizagem, juntamente com o trabalho da compreensão das emoções.
Exemplo: Aprendendo brincando com os jogos
PRÉ-ESCOLA:
Na fase da pré-escola, as crianças não pensam, simultaneamente, em diversos aspectos de uma mesma situação. Não imaginam que um copo de água alto possa conter a mesma quantidade de água que um copo baixo e largo. Elas também são incapazes de perceber que uma ação ou uma operação podem tomar ambas as direções. Não imaginam que voltando a água a dois copos iguais, se prova que havia a mesma quantidade de água quando em copos diferentes. As crianças só concentram na sucessão de diferentes quadros, mas não conseguem entender o estado e o significado de transformação de um para outr4o estado. E Ainda, elas vão do particular para outro particular, sem levar em conta o geral. Não associam, por exemplo, o fato de tomar chuva com se resfriar, mas refletem que se os dois fatos ocorrem na mesma época sempre um causa o outro. E, por último, elas têm a incapacidade de ver as coisas do ponto de vista do outro. É a compreensão centrada em sí própria. Resumindo, as crianças são centralizadoras, irreversíveis, anti-transformadora, transdedutivas e egocêntricas.
É nessa fase que as crianças estão no período pré-operacional, o do desenvolvimento cognitivo, em que podem pensar em símbolos , mas ainda não podem usar lógica, ou seja, podem pensar em objetos, pessoas ou eventos, usando representações mentais. É por isso, que deve-se explorar os jogos como recursos que reforçam a idéia de símbolos, a fim de desenvolver a inteligência das crianças na pré-escola.
Exemplo:
Brincando com palavras: É um jogo de recitação rítmica. (Criar músicas e colocar a criança para caminhar em círculo, fazendo-a repetir ritmicamente frases diversificadas como: um passo, mão na testa, dois passos, mão no bolso...
Fantasia onomatopaica: É uma conversa com objetos, produzindo efeitos sonoros. ( Fazer brincadeira com a criança estimulando a descoberta de ruídos onomatopaicos - crash, bum, pá...)
Expressão emocional: Verbaliza sentimentos e emoções. (Destacar o vocabulário para expressar e diferenciar emoções. Pode ser feita quando estiver lendo historinhas dentro de sala de aula.)
Conversando sozinho: Usa brinquedos verbalizando fatos e eventos. (A criança deve ser estimulada a falar com seus bonecos e imitar suas ações e emoções. Pode brincar de fantoche e, depois, ser o próprio fantoche).
Mímica em voz alta: Narra as reflexões. ( A criança tem que fazer uma mímica de uma historinha e uma outra será o porta voz da história).
O gigante: Desperta a capacidade lógica. ( Conte uma historinha, ou interprete uma música , despertando a diferença entre o grande e o pequeno, o apertadoe o folgado, sendo elas mesmas o material a ser utilizado.
Estereótipos: Desfazer valores arcaicos. (Faça uma menina imitar um mecânico, ou um menino imitar um pai na criação de um filho: cozinhar, arrumar, cuidar de um bebê, mostrando que ele já foi um. È importante despertar interesse. Como? Despertando curiosidades sobre eles mesmos ou sobre as coisas, os outros...)
Brincadeiras de roda: Empatia. (Contando uma música na roda, invente coreografias onde um tem que encostar-se ao outro, abraçar o outro).
AVALIAÇÃO
A avaliação deve obter um relatório sobre o desempenho do aluno e este relatório pode ser estabelecido através da observação de alguns parâmetros sobre as atitudes de cada aluno. Abaixo está uma proposta de avaliação: ( É válido lembrar que a professora poderá fazer o quadro de avaliação que melhor corresponder com o trabalho desenvolvido por ela.
SIM ou NÃO?
Como a criança é?
Ambiciosa
Vaidosa
Orgulhosa
Independente
Magoa-se facilmente
Mostra empatia
Reclama muito
Se isola
Gosta de chamar a atenção
Inquieto
Tímido
Expressivo
Escreve bem
Egoísta
Repondão
Violento
Acredito no meu projeto e acredito que as escolas têm que trabalhar com a questão do emocional, com a utilização do corpo, para poder superar barreiras que são criadas no nosso dia a dia.
A mente está ligada ao coração e eles por sua vez estão ligados ao próprio corpo do indivíduo
NOTAS
(1) GARDNER, Howard - professor norte-americano, formado em Psicologia e doutorado pela Universidade Harvard. - Suas obras: “ A Criança Pré Escolar ”; “Estruturas da Mente”; “A Teoria das Inteligências Múltiplas”; “ Mentes Criativas!”.
(2) GOLEMAN, Daniel - PhD pela Universidade de Harward, Psicólogo. - Sua obra: “Inteligência Emocional”
(3) ANTUNES, Celso - Formado em Geografia pela Universidade de São Paulo, Mestre em Geografia Humana e especialista em técnicas pedagógicas. - Sua Obra: “Alfabetização Emocional’
(4) MESQUITA, Raquel - Mestre em Pedagogia do Movimento Humano.
BIBLIOGRAFIA
ANTUNES, Celso. Alfabetização Emocional. Editora Terra, 3ª edição, São Paulo, 1997. 110 páginas.
GOLEMAN, Daniel. Inteligência Emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. Editora Objetiva, 44ª edição, Rio de Janeiro, 1995. Páginas 245 a 324.
OUTROS
CURSO - “A Teoria das Inteligências Múltiplas na Prática Escolar” 8 horas/aulas ministrada por Rafaela Cyrino Peralva
IV JORNADA CURITIBANA DE EDUCAÇÃO - Temas “Atividade Corporal na Escola’; “Qualidade em Sala de aula” e conferência “A Alegria de Ensinar - Rubem Alves” 27 horas/aula.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Projeto “Educação Ambiental”
Na década de 1980 o termo: Educação Ambiental [E.A.] popularizou-se definitivamente no mudo e tornou-se hoje uma necessidade.
Devemos deixar claro que E.A. não é ecologia. Ela apresenta uma nova dimensão a ser incorporada ao processo educacional, trazendo toda uma recente discussão sobre as questões ambientais e as conseqüentes transformações de conhecimento, valores e atitudes diante de uma nova realidade a ser construída. É um campo de conhecimento em construção e que se desenvolve na prática cotidiana dos que realizam o processo educativo.
Segundo Mauro Guimarães, professor do Rio de Janeiro, a E.A. desperta insegurança e divergências. “A expressão E.A. foi manifestada, mas seu significado é pouco claro, sendo muitas vezes confundido com o ensino ecologia.”
Segundo Freire, professor e pesquisador de E.A. na Universidade Católica de Brasília, a abordagem ambiental é mais integrada, pois além do aspecto ecológico, consideram aspectos sociais, econômicos, políticos, culturais e éticos. “O enfoque ambiental é dirigido à ação: há a busca da cidadania”...”A pessoa aprende a perceber os problemas ambientais, a identificar soluções e, através da participação comunitária, passa a tomar parte em ações que conduzam à melhoria do meio ambiente.”
Segundo Mônica Meyer, bióloga, mestra em educação e professora na Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais, a questão ambiental não pode ser ensinada apenas pelo enfoque biológico sob pena de virar realmente meio ambiente, no sentido de ambiente pela metade. “Em ciências e em E.A., o conteúdo é logo esquecido quando ensinado isoladamente ou desligado da realidade do aluno.” Sua posição de educando se baseia nesse argumento pedagógico.
Em nível mundial, a questão ambiental ganhou grande repercussão com a Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente, realizada em Estocolmo, em 1972 ,onde foi ingressado no mundo o termo “Problema Educacional”, onde surgiu a primeira advertência internacional sobre a situação ambiental. Nessa mesma época, o conhecimento científico e social manifestou uma alta compreensão sobre a natureza dos problemas ambientais.
Atualmente, nenhum problema ambiental pode ser compreendido se não se analisar a incidência de fatores inerentes aos processos naturais e fatores sociais. Por exemplo, a contaminação da água tende a produzir-se por efeitos de um comportamento humano, associado ao mau uso dos resíduos das pragas contidas no utensílio que lavam em um rio. Este comportamento, por sua vez, está associado a outros comportamentos sociais, tais como a falta de informação, conhecimentos por parte dos indivíduos que manejam estes elementos químicos, a falta de programas educativos, a falta de política e a falta de alternativas práticas.
Dentre os diversos problemas ambientais, pode-se destacar o currículo não obrigatório para a educação ambiental, pois costuma ser ministrado na disciplina ciências ou na base de atividade interdisciplinar. Sabe-se, porém, que o artigo 225 da Constituição Brasileira de 1988, estabelece como incumbência do poder público, promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino. Outro problema é a escassez de recursos, bem como as divergências e a incompetência política que dificultam a escola desenvolver programa de E.A.. E ainda, a necessidade de obter e qualificar professores que possuam uma visão mais ampla da questão ambiental, pois é preciso vê-la não apenas do ponto de vista local, mas também do planeta.
Enfim, os problemas que estão em torno da E.A., permite-s a seguinte pergunta: A falta de E.A., como disciplina ou área de conhecimento, seria prejudicial à formação do indivíduo? Deverá ser obrigatória no currículo escolar? Como os professores entendem a E.A.?
Apesar de certos esforços realizados para a incorporação da temática ambiental nos currículos escolares em muitos países, o sistema informal da educação deveria ser o primeiro a se preocupar com a E.A.. Sabemos, que na verdade, a teoria ainda não está sendo contemplada com a importância da mesma.
É objetivo de o educador trabalhar na integração entre ser humano e ambiente e conscientizar-se de que o ser humano é natureza e não apenas parte dela. O educador deve trabalhar as diversidades do meio, de modo que sensibilize ao educando de acordo com a sua realidade local. A E.A. deve realizar de forma diferenciada em cada meio para atender às respectivas realidades. Deve trabalhar com os problemas específicos, as soluções próprias a respeito da cultura, hábitos, características biofísicas e sócio-econômicas e aos aspectos psicológicos de cada localidade. Entretanto deve-se buscar compreender as relações de um meio específico com os demais e, principalmente, com o planeta terra como um todo.
Segundo Mauro Guimarães, a E.A. postula em seus objetivos gerais uma ampliação da consciência individual para uma consciência coletiva e planetária, comprometendo com melhoria da qualidade do ambiente. Essa ampliação da consciência incorpora na consciência individual valores e atitudes de união, de solidariedade, de cooperação da vida como um todo em seu dinâmico equilíbrio planetário, ou seja, uma consciência plena de integração ser humano e natureza como uma única unidade.
A absorção dessa postura ocasiona uma nova ética com valores sociais alterados, possibilitando a criação de uma sociedade justa em que o equilíbrio social é indispensável ao desenvolvimento sustentável ao nível interno e externo do planeta.
Dessa forma pode-se dizer que a E.A. realiza seus objetivos específicos de forma diferente para atender às características de cada local, ampliando a consciência do educando, alcançando, assim, uma consciência global, adquirindo finalmente uma cidadania planetária.
Assim, o objetivo nessa pesquisa se explicita:
- Buscar o entendimento sobre o conceito de E.A. e seus problemas vistos na literatura sobre o assunto.
- Buscar entender como a E.A. é percebida na escola de primeiro grau, pública e privada, tanto seus objetivos e prática pedagógica no currículo, quanto na percepção do professor e do aluno.
- Como o setor público de Minas Gerais tem se organizado para desenvolver a E.A. e quais as políticas em desenvolvimento.
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